Rubéola

1 - O que é Rubéola?
É uma doença viral, contagiosa que pode acometer pessoas de qualquer idade. A transmissão ocorre de pessoa a pessoa por via respiratória, através das secreções nasais e da garganta, onde o vírus se encontra.

A pessoa não protegida, isto é, sem anticorpos, quando infectada apresentará, após um período de incubação de cerca de 15 dias, febre, manchas vermelhas pelo corpo (exantema) e “gânglios” no pescoço e nuca. Mas muitas vezes a doença passa despercebida, sem sintomas evidentes.

É importante que TODOS estejam vacinados, para eliminarmos a Síndrome da Rubéola Congênita.


2 - A rubéola é grave?

Normalmente a rubéola é benigna, exceto quando atinge uma mulher grávida, porque pode causar aborto, parto prematuro ou defeitos congênitos no bebê (problemas cardíacos, cegueira, surdez, retardo mental, etc.). Estes defeitos no recém nascido caracterizam a Síndrome da Rubéola Congênita.

3 - Como prevenir a rubéola e a Síndrome da Rubéola Congênita?
A prevenção é feita através da vacinação. A vacina é aplicada a partir de 12 meses (junto com as vacinas contra o sarampo e a caxumba – vacina Tríplice Viral). Para eliminar a rubéola congênita, mulheres e homens também precisam se vacinar.

4 - Quem se vacinou não terá a doença?
A vacina contra a rubéola tem 95% de eficácia quando aplicada após o primeiro ano de vida.

5 - Por que ocorrem campanhas de vacinação contra a rubéola?
Os serviços de Vigilância Sanitária de todo o Brasil ficam acompanhando o número de casos da doença. Ocasionalmente detectam surtos de rubéola (número de casos maior do que o esperado). Da mesma forma, detectam quais as idades em que houve maior proporção de casos. Quando isto ocorre, campanhas de vacinação são planejadas para conter a doença e evitar a Rubéola Congênita.

6 - Por que ocorrem os surtos de rubéola?
A vacinação de rotina contra a rubéola, no serviço público, iniciou em 1992 e no ano de 2000 já tínhamos mais de 95% da população de crianças de 1 a 10 anos de idade vacinadas. Mas as pessoas mais velhas naquela época não foram vacinadas, permanecendo suscetíveis à doença. Campanhas de vacinação de seguimento foram realizadas em 2000 e 2004 e a vacinação de mulheres em idade fértil foi concluída em todos os Estados do país em 2002. Com isso, houve uma redução do número de casos, mas em função do acúmulo de indivíduos não vacinados ao longo do tempo, principalmente homens, ainda há condições para a circulação do vírus da rubéola no país, o que contribui para a ocorrência de surtos de rubéola.

O vírus da rubéola circula quando encontra pessoas desprotegidas, sem anticorpos. Isso propicia o aparecimento de casos em adolescentes e adultos jovens, e aumenta o risco do acometimento da doença em mulheres grávidas. Para impedir surtos é necessária a adoção de estratégias para reduzir a circulação do vírus da rubéola e eliminar a Síndrome da Rubéola Congênita.

A meta do Ministério da Saúde é a eliminação da rubéola e da síndrome da rubéola congênita até 2010. Este é um compromisso do Brasil e demais países das Américas, assumido em 2003. Para tanto, devem ser implementadas estratégias de vigilância da rubéola e da síndrome da rubéola congênita, além de vacinação como rotina aos 12 meses de idade com uma segunda dose entre 4 e 6 anos de idade, mais as campanhas de vacinação de adolescentes e adultos.

7 - O que fazer se uma mulher grávida não vacinada tiver contato com alguém com rubéola?

As gestantes com suspeita de infecção por rubéola ou que tiveram contato com um caso confirmado de rubéola devem ser investigadas e acompanhadas pelo seu médico, que informará a equipe de vigilância municipal e estadual até o encerramento adequado do caso. Se houver confirmação de diagnóstico de rubéola na gestante, a equipe de vigilância municipal e estadual a acompanhará até o término da gestação, assim como seu recém-nascido, uma vez que nestes casos, há risco real de ocorrência da síndrome da rubéola congênita.

8 - A mulher grávida pode receber a vacina?
A vacina é contra-indicada em grávidas. A mulher grávida só deverá receber a vacina após o parto, a qualquer hora.

9 - E se a mulher não souber que está grávida e receber a vacina?
A contra-indicação baseia-se no risco teórico de acometimento do bebê, uma vez que a vacina contra rubéola é feita com vírus vivos atenuados. Para maior segurança da mãe e de seu bebê, todas as vacinas de vírus vivos são contra-indicadas na gravidez, assim como as vacinas de vivos “mortos” ou inativos, que devem ser evitadas no primeiro trimestre de gestação. No entanto, são inúmeras as mulheres que, acidentalmente (por não saberem estar grávidas) foram vacinadas nas últimas campanhas. Estas mulheres foram acompanhadas e nenhuma delas ou seus bebês sofreram qualquer dano por isso. Desta forma, não há motivo para pânico e não se deve pensar em interromper a gravidez.

10 - E se a pessoa não souber se já foi vacinada ou se já teve a doença deverá ser vacinada?
TODOS devem ser vacinados nesta situação, independente de idade ou sexo. Mesmos as pessoas já vacinadas ou que referem já ter tido a doença, ao receberem a vacina contra a rubéola NÃO têm risco de apresentarem maiores efeitos colaterais. Além disso, poderão estar mais protegidas, uma vez que cerca de 5% das pessoas vacinadas anteriormente podem não ter desenvolvido anticorpos.

11 - Onde a vacina está disponível?
A vacina pode ser encontrada em clínicas privadas e nos Postos de Saúde.
Nos Postos de Saúde está disponível para indivíduos a partir de 12 meses de idade, até 39 anos para os homens e 49 anos para mulheres. Na rede privada está disponível para qualquer idade, independente do sexo.